Família: Oportunidade ímpar de regeneração.
É imprescindível a procura do ser humano por respostas para as peripécias da vida. E na maioria das vezes, atribui-se então, ao célebre ACASO. Este, que se torna extremamente responsável e a suposta justificativa para reflexões de variadas particularidades
Nesse aspecto, pondo em pauta a questão familiar, encontramos situações distintas para a definição da mesma onde, para uns, a família é sinônimo de resiliência, é refúgio e união, outros possuem denominação melancólica, encarando esse grupo como ápice da aflição e da divergência.
O Evangelho Segundo o Espiritismo nesta abordagem, no Capítulo IV Item 19, nos relata que: “A união e a afeição entre parentes indicam a simpatia anterior que as aproximou. Por isso, diz-se de uma pessoa cujo caráter, cujos gostos e inclinações nada têm de comum com os dos parentes, que ela não pertence à família. Dizendo isso, enuncia-se uma verdade maior do que se pensa. Deus permite essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos nas famílias, com a dupla finalidade de servirem de provas para uns e de meio de progresso para outros. Os maus, se melhoram pouco a pouco, ao contato dos bons e pelas atenções que deles recebem, seu caráter se abranda, seus costumes se depuram, as antipatias desaparecem (…)”
Trazendo à tona, a importância da compreensão da pluralidade de existências, não existindo acaso na Lei. As famílias são estabelecidas no plano terrestre, através de um planejamento reencarnatório, obedecendo à justiça Divina, tomando-se o nosso primeiro núcleo social e espiritual, é laboratório de evolução regeneradora, onde encontramos ferramentas propícias e necessárias para o aprimoramento progressivo.
Comprometendo-nos a aceitar nossas diferenças e superar fraquezas, no desenvolvimento da paciência e da tolerância diante dos conflitos familiares, nos encontrando no envoltório da essência fraternal e no crescimento em conjunto, tomando-se gatilho para fechar os ciclos e oportunizar novos recomeços.
Os reajustes obedecem a critérios profundamente sábios.
“Nada acontece por acaso. Tudo resulta da lei de causa e efeito e todo efeito tem um sentido: o da evolução. Todos somos Espíritos faltosos e sofremos as provas que pedimos antes de encarnar. Temos dívidas coletivas a resgatar. Mas além do resgate espera-nos a liberdade, a paz, o progresso.” (Livro: Na Era do Espírito, cap. 3- Pela Mediunidade de Chico Xavier e editado por José Herculano Pires)
Ninguém foge a lei, a evolução é pluralista, onde modifica comportamentos pela associação e execução de vivências e discernimento, conforme as limitações são ultrapassadas, as competências desenvolvidas, e as potencialidades colocadas à serventia das pessoas que nos rodeiam.
Em virtude do que foi mencionado, fundindo os paradigmas do acaso ao aspecto do relacionamento e integração familiar, compreendemos que a Doutrina Espírita nos proporciona um fundamento coerente e visão justa diante das situações, revela o vínculo e existência do mundo espiritual, consequentemente, da imortalidade da alma, esclarecendo as Leis perfeitas e consoladoras do Mestre Fortalece-nos ao caminho da luz e da reencarnação como ferramenta essencial da Justiça Divina.
Léon Denis médium e importante colaborador do Espiritismo nos diz que: “A doutrina das reencarnações aproxima os seres humanos, mais do que qualquer outra crença, ensinando-lhes a solidariedade que os liga a todos no passado, no presente e no futuro. Não há deserdados e nem favorecidos, que cada um é filho de suas obras, senhor de seu destino”
Assim, alógica reencarnatória está no sucesso diante da provação e da compreensão da mesma, tudo é questão de estado de consciência. É a exemplificação da compaixão de Deus para conosco, em função de nossas necessidades espirituais, objetivando sempre a evolução moral.
Que possamos usufruir ao máximo dessa dádiva oportunidade de regeneração conjunta, identificando a partir de hoje, nossa missão dentro da família que estamos inseridos. Pensemos nisso com atenção, muita paz à todos!
(Amanda Caroline. Estudante de odontologia – Membro da Aceleg-Academia Espírita de Letras do Estado de Goiás)