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Construindo a paz no lar: qual é a minha responsabilidade

Construindo a paz no lar: qual é a minha responsabilidade


Marcelo Arruda Camargo ESPECIAL PARA O OPINIÃO PÚBLICA



Compras na terra o pão e a vestimenta, o calçado e o remédio, menos a paz. Dar-te-á o dinheiro residência e conforto, com exceção da tranquilidade de espirito. Eis porque nos recomenda Jesus venhamos a dizer, antes de tudo, ao entramos numa casa: ”paz seja nesta casa”.

A lição exprime vigoroso apelo à tolerância e ao entendimento.

No limiar do ninho doméstico, unge-te de compreensão e de paciência, a fim de que não penetres o clima dos teus, à feição de inimigo familiar.

Se alguém está fora do caminho desejável ou se te desgostam arranjos caseiros, mobiliza a bondade e a cooperação para que o mal se reduza.

(…) Recebe a refeição por bênção divina.

Usa portas e janelas, sem estrondos brutais.

Não movas objetos, de arranco.

Foge à gritaria inconveniente

Atende ao culto da gentileza.

Há quem diga que o lar é o ponto do desabafo, o lugar em que a pessoa se desoprime. Reconhecemos que sim; entretanto, isso não é razão para que ele se torne em praça onde a criatura se animalize.

(…) Todos anelamos a paz do mundo; no entanto, é imperioso não esquecer que a paz do mundo parte de nós.”

Caros (as) leitores (as), este poema do espírito Emmanuel intitulado Paz em Casa (cap. 108 do livro Palavras de Vida Eterna), psicografado por Chico Xavier, faz-nos refletir sobre a nossa conduta no lar.

A família, instituto abençoado, na qual, seus integrantes devem viver em harmonia e se ajudarem mutuamente, na atualidade se encontra em grande desequilíbrio, o que atinge toda a sociedade.

O indivíduo vive num dilema, não quer afastar-se das tentações e vícios mundanos, e, assim, o relacionamento com os entes queridos vai ficando para segundo plano, por não sobrar tempo para eles. O que fazer para acomodar tudo isso e termos paz no lar?

A responsabilidade pela desarmonia familiar pode ser de qualquer membro da familia que não se preocupe em desempenhar de maneira satisfatória seu exato papel, pois o lar harmonioso é aquele em que cada um desenvolve os valores morais e coloca em prática os ensinamentos do Cristo, sem onerar os outros, esforçando-se em prol de um objetivo comum.

O casal, como elo maior na corrente chamada família, deve ser o primeiro a harmonizar-se, dando o exemplo para os outros integrantes da casa, fazendo-se imprescindível a tolerância entre todos, a caridade ao ajudar o ente querido nas execuções das tarefas domésticas, o carinho ao cuidar dos filhos confiados por Deus e a sabedoria para lidar com os limites dos familiares.

Quando os cônjuges são unidos na fé, praticam o culto do Evangelho no lar e buscam os ensinamentos da Doutrina Espirita, praticando-os efetivamente em seu cotidiano, cria-se um clima favorável, com boas vibrações, para que a pacificação se instale no núcleo familiar e se espalhe entre todos.

Como valiosa dica para auxiliar-nos a combater o orgulho e o egoísmo, que tanto nos impede o crescimento moral e espiritual, cito um breve trecho retirado do maravilhoso livro Projetando Luz no Lar, de autoria da Sra. Mércia Aguiar, que é um verdadeiro farol na vida das famílias:

“A necessidade de estar sempre com a razão pode ser um entrave para alcançar a felicidade. É preciso respeitar a opinião dos familiares, ouvindo-os com serenidade, mesmo que não se concorde com o que está sendo exposto.

(…) Nestes conflitos, o melhor é fazer uma avaliação sincera para se certificar quem é o menos errado. A sabedoria determina que: deves pedir a Deus que o ajude a ser humilde, sabendo ouvir os outros e reconhecendo a sua própria imperfeição.”

Reflitamos sobre isso. Ao procedermos assim, a maior parte do caminho rumo à harmonia e à paz já terá sido galgada.

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Marcelo Arruda Camargo é advogado, espírita, palestrante do Grupo de Edificação Espírita/GEE. E-mail: maarruda@ymail.com



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