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Os Testemunhos das Discípulas de Jesus.

Correndo, voltaram do sepulcro e anunciaram todas estas coisas aos Onze e a todos os outros. Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas relataram estas coisas aos apóstolos. E as suas palavras lhes pareceram desvario. Por isso não lhes deram crédito. Disseram, pois, a Simão Pedro e ao outro discípulo, a quem Jesus amava:

“Tiraram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram”.

Levantando-se, saiu Pedro com o outro discípulo e foram ao sepulcro. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais ligeiro do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Inclinando-se, viu no chão os panos de linho, mas não entrou. Chegou pois Simão Pedro, que o seguia, e, inclinando-se, entrou no sepulcro e viu no chão os panos de linho, o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus.

Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu e creu. Porque ainda não compreendiam a Escritura,que ele devia ressuscitar dos mortos.

E os discípulos voltaram para casa. Pedro voltou para casa muito surpreso com o que havia acontecido. (Evangelhos de: Lucas, cap. 24, w.9 a 12 – João, cap.20,w.2 a 10).

Uma comitiva de discípulas de Jesus representada por Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago, foi relatar aos apóstolos que o sepulcro de Jesus estava vazio e elas não sabiam onde estava o corpo do Mestre.

Diante da notícia, os apóstolos ficaram perplexos. Para eles, as narrativas das mulheres pareciam delírio. Ademais, os discípulos não poderiam acreditar que alguém houvesse furtado o corpo de Jesus ou que tão rapidamente houvesse ocorrido a ressurreição.

Alguns apóstolos reagiam com desconfiança enquanto outros demonstravam indiferença diante do devotamento das mulheres face ao medo, ao preconceito e ao abalado estado emocional que os dominavam.

Pelas características do seu Evangelho, o apóstolo João não se referia nominalmente quando participava de algum acontecimento vinculado ao Mestre. Todavia, foi ele junto a Pedro verificar o sepulcro de Jesus.

Pedro e João foram constatar os relatos das discípulas embora reconhecessem a seriedade dos relatos. Eles foram até o sepulcro de Jesus com notória ansiedade. Eles queriam saber in loco a respeito da provável ressurreição do Mestre embora não compreendessem a natureza desse fenômeno.

Enquanto corriam em direção ao sepulcro, pensamentos de curiosidade e conjecturas a respeito da ressurreição do Cristo povoaram as mentes dos dois apóstolos do Cristo. Seguiram juntos e depois de determinado momento, João comeu à frente de Pedro, demonstrando elevado anseio para desvendar acontecido.

Ao chegarem ao sepulcro de Jesus, os dois discípulos confirmaram os relatos das mulheres. O túmulo estava vazio. Somente os panos que envolveram o corpo e o sudário que cobriu a cabeça do Messias foram encontrados. Os anjos não mais estavam no local.

Os Evangelhos não revelam se os apóstolos recolheram os panos encontrados no túmulo.

Pedro retornou para sua casa bastante surpreso com tudo que havia ocorrido. Provavelmente, Pedro e João nutriram sentimentos e reflexões diante do desaparecimento do corpo do Mestre, dos relatos das mulheres e da profecia que anunciava o seu reaparecimento depois de sua morte. Os dois apóstolos confirmariam aos demais discípulos a respeito do que viram.

Somente Pedro e João foram até o sepulcro de Jesus para confirmarem as palavras das mulheres. É bem provável que os outros nove apóstolos não foram ver o túmulo do Rabi para atender as recomendações de Pedro, o qual se destacava na liderança do colégio apostolar. Afinal, não era prudente que todos os discípulos fossem até o sepulcro de Jesus. Nesse caso, Pedro seguiu as orientações do Messias quando enviava os seus apóstolos para a missão de pregar a Boa Nova sempre de dois em dois. Para aquela missão especial, Pedro escolheu João para acompanhá-lo e recomendou que os demais esperassem os seus retornos.

Depois dos relatos de Pedro e de João, os demais apóstolos seguiriam a Galileia, conforme a mensagem do anjo, onde teriam encontros inesquecíveis com 0 Mestre, que lhes encorajaria para testemunhos maiores na senda da Redenção e para a sublime e eterna obediência aos Planos Perfeitos de Deus.

(Emídio Brasileiro é educador, jurista e cientista da Religião. Membro da Academia Espírita de Letras do Estado de Goiás, da Academia de Letras de Goiânia e da Academia Aparecidense de Letras. Autor do livro Um dia em Jerusalém, da AB Editora.)

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