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Nobre missão de ser pai ou mãe com responsabilidade e amor

DIÁRIO DA MANHÃ

17 de janeiro de 2021 09:17

 Marcelo Arruda Camargo

A questão 582 de O Livro dos Espíritos nos ensina que “Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e lhes facilitou a tarefa dando àquele uma organização débil e delicada, que o torna propício a todas as impressões.”

A maternidade e a paternidade se constituem verdadeiras missões. Educar os filhos é uma tarefa deveras desafiadora. No entanto, revela-se nobre e gratificante, pois, através dela, se bem cumprida, poderemos influenciar os descendentes para o caminho do bem.

O Espírito que nasce como filho, encaminhado a nós, pode ser um amigo do passado, ou alguém que necessita da reconciliação, como oportunidade de reconstruir uma nova história com seus pais.

Em ambos os casos, entretanto, devem os genitores desenvolver o seu melhor papel.
A esse respeito, a pergunta 208 de O Livro dos Espíritos nos explica que “o Espírito dos pais tem a missão de desenvolver o dos filhos pela educação; isso é para eles uma tarefa. Se nela falhar, serão culpados.”

Faz-se necessário ponderar, também, que os laços de família não se verificam por acaso,há uma Lei Divina, comandando o destino e a união dos Espíritos na vida corpórea.

Sobre o assunto, vale a pena relembrar uma parte do conhecido poema ditado pelo espírito Hammed (psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto), do livro Um Modo de Entender, que nos consola:

Nasceste no lar de que precisavas. Vestiste o corpo físico que merecias.
Moras no melhor lugar que Deus poderia te proporcionar, de acordo com teu adiantamento.

(…) Teus parentes e amigos são as almas que atraíste com tuas próprias afinidades.”
O que fazer, então, para enfrentar o desafio e a bênção de ser pai, ou de ser mãe, damelhor maneira possível?

Os pais cumprem o papel de proteger os filhos em sua fragilidade dos primeiros anos e de despertar sua consciência para o amor ao bem e à verdade. E, diante de uma missão tão complexa, não estão sozinhos na tarefa de bem educá-los. Contam com a família, os professores, especialistas de muitas áreas, além da indispensável inspiração dos Amigos Espirituais e dos Anjos Guardiões. A prece é um excelente instrumento ao alcance deles a qualquer momento.

De acordo com os ensinamentos da doutrina espírita, devem preparar-se, desde a gestação, com equilíbrio, carinho, pensamentos positivos, para receber o Espírito que Deus, com todo o amor e sabedoria, designou como filho, ou filha.

Nasceu? Assim que tiver a liberação médica, levá-lo para a escola de evangelização, onde receberá, com os pais, toda a assistência necessária.

Na infância, dar-lhes atenção e amparo, em suas dúvidas e dificuldades, estabelecendo uma relação de confiança mútua, sem esquecer de impor-lhes os limites necessários ao seu próprio bem e ao de toda a sociedade. E, ainda, ensinar-lhes, por exemplo, que os bens espirituais estão acima dos bens materiais temporários, explicando-lhes a importância de ter fé e perseverança, pois Deus nunca nos desampara.

Na adolescência, o esclarecimento sobre a Lei de Causa e Efeito (que colhemos o que plantamos), o diálogo aberto e sincero, a firmeza moral, o exemplo e o amor dilatado em todos os sentidos são instrumentos que os pais podem adotar para conseguirem cumprir seu propósito, sem nos esquecer de que a tolerância deve fazer-se presente nos momentos difíceis.

Cumprindo essas etapas, tenhamos a certeza de que a sementinha que foi plantada no coração de cada filho germinará, na época oportuna, auxiliando-o, decisivamente, na conquista do progresso em todos os campos.

Marcelo Arruda Camargo, membro ocupante da cadeira nº22 da Academia Espírita de Letras do Estado de Goiás/ACELEG

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