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Um anjo remove a pedra do sepulcro de Jesus

E eis que houve um grande terremoto, porque um anjo do Senhor desceu do céu, aproximou-se, removeu a pedra e sentou-se sobre ela. O seu aspecto era como o relâmpago e as suas vestes eram brancas como a neve. De medo dele, os guardas tremeram e ficaram como mortos. (Mateus, 28:2-4).

No primeiro dia da semana, bem de madrugada, sendo ainda escuro e ao levantar do sol, foram elas ao sepulcro, levando os aromas que tinham preparado. E diziam entre si: “Quem rolará para nós a pedra da entrada do sepulcro?” Porque a pedra era muito grande. Maria Madalena e as outras mulheres, levantando os olhos, viram que a pedra fora removida do sepulcro. Entrando, porém, não encontraram o corpo do Senhor Jesus.( Marcos, 16:2-4; Lucas, 24:1-3; João, 20:1).

Os soldados romanos que guardavam o sepulcro de Jesus foram os únicos a presenciar o tremor que atingiu a região e o aparecimento do anjo que “desceu do céu”, removeu a pedra do sepulcro e depois se sentou sobre ela.

O Evangelho de Mateus, o único a narrar esse episódio, não revela o nome do anjo, ou seja, do Espírito Puro ou Superior, que fora comparado a um relâmpago e suas vestes, ou sua forma perispirítica, eram alvas semelhantes a neve.

Verifica-se que, do mesmo modo que o nascimento de Jesus foi anunciado por um anjo, denominado Gabriel, também o seu retorno do Messias, depois de sua morte na cruz, foi anunciado por um anjo, que poderia ter sido o anjo Gabriel ou outro anjo da mesma envergadura espiritual.

O tremor e o ato da remoção da pedra sepulcral poderia ter sido a consequência da ação da vontade do anjo e de sua energia que soube se apropriar de elementos da Natureza terrena para promover esses fenômenos de ordem física.

Ademais, a descida do anjo poderia ter causado o terremoto que, simultaneamente, fez a pedra rolar, abrindo o sepulcro de Jesus. No entanto, tal hipótese não coaduna porquanto outros sepulcros poderiam ter sido abertos em decorrência da descida do anjo, fato que não ocorreu porque o Evangelho não relata.

Devido aos poderes de Jesus, não seria necessário um anjo para remover a pedra de seu sepulcro, ele mesmo tudo faria para o cumprimento da Profecia. Contudo, a missão dos anjos junto ao sepulcro do Messias, era anunciar o cumprimento da profecia a respeito do retorno do Mestre da Pátria Espiritual para consolidar a sua mensagem de fé, de esperança, de amor e de consolação. Os assessores espirituais de Jesus estavam sempre dispostos a auxiliá-lo em sua missão gloriosa. Por isto, diante de Pedro disse o Rabi:

“Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada pela espada morrerão! Ou imaginas tu que eu, neste momento, não poderia orar ao meu Pai e Ele colocaria à minha disposição mais de doze legiões de anjos? No entanto, como se cumpririam as Escrituras, que afirmam que tudo deve ocorrer desta maneira?” (

Mateus, 26:52-54). Também, diante da morte aparente de Lázaro, Jesus não retirou a pedra do sepulcro com seus poderes, embora assim pudesse proceder, mas solicitou que removessem a pedra e depois ordenou que Lázaro saísse do túmulo.

Os guardas romanos, que foram treinados para nada temer, foram tomados de medo e trêmulos ficaram como mortos”. Provavelmente, ficaram deitados com muito pavor, simulando suas mortes.

Depois do aparecimento desse e de outros anjos, Jesus desmaterializou o seu corpo de carne e a partir desse momento, passou a se apresentar com o seu corpo perispirítico, podendo tomar a forma humana anterior por meio da materialização para provar a sua identidade espiritual. Desse modo, deixou o sepulcro vazio.

O anjo que removeu a pedra permaneceu por algum tempo sentado sobre ela à espera das mulheres que se dirigiam ao sepulcro.

Os soldados saíram em disparada para relatar o acontecido às autoridades.

Ainda no domingo, ao chegarem ao túmulo para completarem o processo de unção do corpo de Jesus, preocupadas com a remoção da pedra tumular, Maria Madalena e as outras mulheres ficaram surpresas com a pedra removida e como túmulo vazio. Foram a primeiras a constatarem o cumprimento das Escrituras. O túmulo estava vazio, mas, diante daquela sublime ausência, os corações daquelas mulheres ficariam plenos, tais quais os corações dos pastores de Belém ao reverenciarem o Menino Jesus.

A partir desse episódio, o Poder de Deus demonstrou aos incautos do mundo que a suprema Justiça prevalece, que a Luz da Sabedoria é eterna e a Sua Vontade soberana jamais será vencida e não deve ser contrariada.

(Emídio Brasileiro é Educador, Jurista e Cientista da Religião. É Membro da Academia Espírita de Letras, da Academia de Letras de Goiânia e da Academia Aparecidense de Letras)

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